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segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

As cruzes do templo

A cruz é o símbolo que mais identifica a presença do cristianismo em todo mundo. Desde o início da Igreja Cristã, ela foi usada para identificar templos, instituições e cemitérios. É também costume antigo usá-la como adorno pessoal, pendurada ao pescoço. Hoje, ela continua sendo uma das melhores formas de identificar a presença da fé cristã.
Ao longo da história, foram desenvolvidos diversos estilos de cruzes. No meu livro A dinâmica do culto cristão (Editora Concórdia), mais precisamente no último capítulo, tem uma parte que fala sobre estilos de cruzes. Neste espaço, vou falar apenas sobre as formas de cruzes mais usadas na IELB.
Alguns evangélicos e pentecostais não admitem qualquer forma de cruz. Alegam que o uso dela é uma adoração a um objeto, o que seria idolatria. Há pessoas que usam a cruz como espécie de amuleto, que serve para proteger contra perigos e até “mau olhado”. A falta de conhecimento sobre o significado e importância da cruz pode levar a distorções.
O Crucifixo
É a cruz com o corpo de Cristo esculpido. Ele enfatiza a natureza humana de Cristo e o seu sacrifício por nós. Um crucifixo sempre nos lembra que Cristo morreu por nós, para que tivéssemos perdão e salvação. Porém, ele também lembra que a nossa vida aqui na terra ainda está sob a cruz. Muitos entendem que, após a ressurreição de Jesus, o cristão não tem sofrimentos e que sua vida é sempre alegre, mas a Palavra de Deus condena esta interpretação. Jesus diz que, para ser discípulo dele, é preciso tomar a cruz e carregá-la.
Algumas igrejas até admitem o uso da cruz, mas apenas a cruz vazia e não o crucifixo. Dizem que o importante é anunciar o Cristo ressurreto. “Nós pregamos o Cristo crucificado”, diz o apóstolo Paulo (1 Co 1.23). Ao dizer isso, Paulo lembra que a obra salvadora de Cristo culminou com o seu sacrifício na cruz e que, sem ele, não haveria vitória.
No templo, o melhor lugar para o crucifixo é em cima do altar, um pouco à frente da cruz vazia, pois o altar sempre lembra o sacrifício dos animais no Antigo Testamento. Como Cristo é o perfeito Cordeiro sacrificado por nós, estes sacrifícios não são mais necessários. Lembrando o sacrifício de Jesus por nós, o crucifixo é o ornamento mais importante do altar.
A Cruz Vazia
Lembra a ressurreição e a vitória de Jesus sobre o pecado e a morte. Seu maior propósito é dizer que Cristo vive e que nós, pela fé, viveremos com ele. Ela sempre serve de consolo para o povo de Deus, pois tem nela um símbolo da esperança pela ressurreição.
Dentro da igreja, a cruz vazia deve ficar por trás do altar e sobressaindo acima dele, dando a ideia de que, após a ressurreição, Jesus subiu ao céu. Na frente dela está o crucifixo, geralmente menor. Assim, quem olha de frente para o altar, visualiza o crucifixo e lembra que sua caminhada ainda está sob a cruz, mas já pode levantar os olhos e, ao visualizar a cruz vazia, pode estar certo da sua ressurreição e vida eterna com Jesus no céu.
A Cruz da Procissão
Em festividades especiais, por ocasião da entrada dos ministros e dos oficiantes, pode-se usar uma cruz “processional”. Ela é composta de uma cruz pequena, inserida numa haste de metal. Na procissão de entrada, ela deve ir à frente e sobressair a tudo e a todos, para mostrar que é por causa de Cristo que podemos prestar culto a Deus. É conveniente que o portador da cruz cubra-se com uma sobrepeliz.
A Cruz da IELB
A cruz que identifica a IELB é bastante conhecida em todo Brasil. Ela é um logotipo de uma instituição e não de toda a Igreja Cristã. Sua função é identificar a IELB e não a Igreja Cristã num todo. Assim, é bom que ela esteja em lugares visíveis, como nas fachadas de templos, nas torres, portas e placas das igrejas e em adesivos. Em alguns templos da IELB, ela está afixada atrás do altar, que não é o melhor lugar para ela. Lá, deveria estar a cruz vazia e o crucifixo, que são símbolos litúrgicos universais, os quais pertencem à Igreja Cristã de todos os tempos. O altar e seus ornamentos devem lembrar a obra de Cristo em favor do pecador, enquanto que a cruz da IELB quer apenas identificar uma instituição.

Rev. David Karnopp, pastor em Vacaria, RS
Membro da Comissão de Culto da IELB

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