Há uma diversidade de “Natais” sendo celebrados por aí, mundo afora.
Por exemplo:
- O Natal glamouroso dos símbolos e das luzes.
- O Natal desenfreado das compras e do consumismo (viagens, roupas, presentes, comilanças).
- O Natal das festas grupais e dos encontros familiares (troca-troca de presentes, comida, bebida, farras).
- O Natal da contemplação mística e enlevo pessoal.
- O Natal cultural e utópico do espírito natalino de fraternidade universal.
- E o Natal propriamente cristão!
Enfim, “Natais” para todos os gostos, vontades e sabores.
Estejamos, porém, alertas. Porque nem tudo o que existe, se fala e se promove com respeito ao Natal é sadio e conveniente. Por trás da aparente grandeza de muitas promoções e festas natalinas esconde-se uma gama de armadilhas voluptuosas de prazeres carnais, vaidades, explorações e superficialidades. A incitação para aquilo que é oferecido pelos meios de comunicação, a indução ao prazer, seguido do corre-corre e do empurra-empurra sufocante nas lojas e centros comerciais, suplantam o glamour, o sossego e a solidariedade que jamais deveriam faltar no Natal. Com isso, segundo determinado autor, o Natal acaba se constituindo em “Festas de Loucos”, tanto na sua face pagã quanto cristã, em que se vislumbra o “Natal pra todo mundo” e que acaba se tornando “Natal pra ninguém”.
Uma frase de Angelus Silesius dá o que pensar: “Que me importa que Cristo haja nascido ontem em Belém, se não nasce hoje na minha alma?”
Afirmamos, por isso, que todas as prefigurações e celebrações natalinas destituídas em seus objetivos de Cristo e da sua vontade são uma ofuscação e uma alienação do verdadeiro significado do Natal, do Natal que vamos denominar aqui, em âmbito de resgate, de Natal Cristão.
Em Rm 16.25-27, o apóstolo Paulo alude a um mistério revelado, cuja base resulta em louvor, fé e obediência. Este mistério é Cristo, anunciado pelo Evangelho, que também chegou e chega a nós, a fim de que os valores autênticos da graça de Deus estejam realmente presentes e vivenciados em nosso dia-a-dia.
A propósito, numa palavra, NATAL CRISTÃO é DOAÇÃO. Doação principiada em Deus e revivida pelos cristãos. Da parte de Deus, doações como frutos do seu infinito amor por nós (conforme Jo 3.16; Rm 8.32; Ef 1.3-14; Tg 1.17). E da parte dos cristãos, doações como frutos da sua evidente fé (conforme Sl 116.12-19; Tg 2.14-26; confira também o apêndice abaixo referente a personagens natalinos).
É somente esse tipo de Natal que honra e agrada a Deus, aniquila o egoísmo humano, reconstrói vidas e, por conseguinte, faz crescer a fraternidade no mundo, dá significado à vida e move o abençoar ainda mais expansivo e transbordante do Pai celeste àqueles que crêem no seu unigênito Filho, Jesus Cristo, nosso Salvador, Senhor e Rei.
Que tal começarmos a focar e a marcar, daqui para frente, não somente as nossas celebrações natalinas, mas a nossa vida em toda a sua amplitude com estas bases espirituais e objetivas do Natal Cristão? Quanta alegria, satisfação e benefício não vão certamente resultar disso!
“Que Deus, o Pai, e o Senhor Jesus Cristo dêem a todos os irmãos paz e amor, com fé! E que a graça de Deus esteja com todos os que amam o nosso Senhor Jesus Cristo com um amor que não tem fim!” (Ef 6.23,24). Amém.
FELIZ NATAL E ABENÇOADO ANO NOVO PARA VOCÊ E A SUA FAMÍLIA!
Com carinho,
PASTOR NIVALDO GARCIA.